O medo!
Saiu hoje no expresso online um artigo com o título "Papa critica uniões de facto e aborto".
"«A igreja proclama, sem reserva, o direito primordial à vida, desde a concepção até ao seu fim natural», disse, em espanhol, Bento XVI, na mensagem a Francisco Vazquez, embaixador de Madrid junto do Vaticano.
O Papa defendeu também o «direito a nascer, a formar uma família e viver no seio dela, sem que esta seja suplantada ou ofuscada por outras formas de instituições diferentes», numa alusão ao reconhecimento do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que entrou em vigor em Julho de 2005 em Espanha.
Bento XVI adiantou que a sua deslocação a Valência, a 8 e 9 de Julho, será a ocasião de «celebrar a beleza e a fecundidade da família fundada no matrimónio, a sua altíssima vocação e seu imprescindível valor social».
As palavras do Papa podem ser vistas como uma crítica ao aborto, à eutanásia e aos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, ou ao reconhecimento jurídico de uniões de facto."
A meu ver:
A família, o seu conceito, tem sim evoluído ao longo dos tempos...como tudo tem evoluído. A questão é se é ou não aceitável aos nossos olhos. A mim por exemplo parece-me aceitável que dois homens se unam para viver em comum porque se amam (vamos lá comecar a chamar as coisas pelos nomes e fugir a termos menos agradáveis que servem apenas para rotular preconseituosamente as pessoas). O problema aqui tem a ver apenas e somente com isto...preconceito. Diz-se que por norma se tem medo do que não se conhece...eu por mim acho que, por norma, o medo, a ignorância anda de mãos dadas com a estupidez...mais uma vez confirma-se!
1 Comments:
Não só temos medo do que desconhecemos, mas também, por vezes, do que conhecemos bem demais.
Medo de quê?
Por que razão haveria a igreja de abjurar uma boa parte (quantitativa e não necessariamente qualitativa) da sua doutrina, em favor do que quer que seja?
Ora, catano, quanto mais não seja, vivemos para Deus, de acordo com os preceitos da Igreja, ou esperamos que ela se molde à nossas necessidades e pretensões intelectuais e estéticas? Seremos assim tão arrogantes?
Tudo se resume àquilo que queremos, ou não, fazer por nós próprios. A "evolução" que referes não significa, necessariamente, "progressão". Mesmo que a entendamos assim, será "progressão" em que sentido?
Se nos tornámos mimados, egocêntricos, apáticos, preguiçosos e relativistas, o problema é nosso. Não tem de ser a igreja, precursor de toda a nossa cultura, a alterar-se graças a uns quantos iluminados pós-modernistas.
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