Espírito de Natal
Numa conhecida escola do Estoril realizou-se, tal como todos os anos, um almoço de Natal. Era suposto cada aluno trazer um presente para o “amigo secreto”.
O problema surge quando é a própria directora da escola a mostrar claro descontentamento por algumas das prendas...dando claramente a entender tratarem-se de prendas de baixo valor material e portanto, indignas de tal festa. Sentimentos esses partilhados por algumas das crianças. Arrogância? Pretensão?
Não seria de esperar que uma escola tivesse o dever de educar? E educar não será a transmissão de valores como a tolerância, a amizade e nunca de materialismo e ostentação?!?!?!?! Num país onde a altura é de clara contenção económica...num mundo onde a pobreza avança todos os dias...é isto que queremos que os nossos filhos aprendam?? Que as prendas valem mais que a amizade?
É uma verdade que a escola não serve de substituto da educação em casa, mas também é verdade que é na escola que as crianças têm o seu primeiro contacto com a sociedade. Ao se favorecer claramente o factor monetário em detrimento do simbolismo de amizade e afecto que uma prenda deve representar, estamos a transmitir a estes jovens uma imagem de uma sociedade fútil e oca onde os valores éticos e morais são facilmente substituidos por uns ténis com rodas. E tudo em nome de uma suposta generosidade. Generosidade essa que é facilmente esquecida se o nosso colega de carteira nos desapontar naquilo que é mais importante, o valor da prenda que nos oferece. Será que os pais portugueses estarão assim tão desprovidos de afectos para transmitir aos seus filhos...e não correremos então o risco de estar a criar uma geração orfã de afectos?!?!
1 Comments:
Tudo isto para escamotear a triste realidade:
És mitra! Admite-o, caramba.
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